quarta-feira, 6 de abril de 2011

Unguento


Amar é ficar pelo avesso
corpo descarnado ao léo
suportando o vento.

Ser em carne viva,
e amar quem se arma
com punhal ou palavra
é vício de sofrimento,
não é vida.

Amor deve ser unguento
não ferida.




3 comentários:

  1. Querida Aíla, verdadeiro o teu unguento. Tão bom se todos pensassem em remediar as feridas. Parece viagem estética, mas sinto tanta falta do trema nessa nova ortografia. É certo que o som fica, mas nesta palavra em específico pareceriam duas gotinhas de sangue sobre o "u", tal um poema concreto. Lindo!

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  2. É verdade, Paola, o trema faz falta e é uma falta material mesmo, não é sonora, pq a gente já introjetou o som. A tua associação dos pontinhos às gotinhas de sangue foi perfeita!
    Bjs.

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  3. Aíla, que bom te encontrar nessa guerrilha. Nos veremos por aí. Além de seguir teu blog, tomei a liberdade de colocar um link no Poesia sim. Beijos

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