domingo, 9 de dezembro de 2012

Desordem





Coloque os meus pensamentos em desordem!

Ando cansada de linhas retas,

de ser assídua e pontual

como os ponteiros de um relógio.

Quero o seu sentido anti-horário

e seu percurso fora do tempo.

Fale bobagens nos meus ouvidos.

Ando cansada de assuntos sérios

e acontecimentos graves;

ando costurando as horas

com um cansaço lento para

atravessar os dias que rápido anoitecem!

Apressa-te e entra no meu poema,

que ri da métrica e rasga as rimas,

para encontrar nas palavras um norte.

Diga que me ama

antes que a tua indecisão me deixe exausta

e acorde a minha indiferença.




Ela é sempre definitiva como a morte.




Aíla Sampaio

Um comentário:

  1. Boa tarde, Aila. Conhecendo o seu blog hoje e adorando.
    Esse poema reflete um estado de espírito decidido, que ao encontrar o amor não quer perdê-lo com detalhes pesados da rotina.
    Quem não valoriza, acaba perdendo um grande amor.
    Fico instalada no seu espaço.
    Beijos na alma e paz!

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