Dou-te a minha palavra.
Tudo o que sou está nela:
a minha verdade, coragem reinventada
nos sobressaltos do imprevisível,
e o meu poema: lírio inscrito na pedra.
Dou-te um novelo de peripécias
e um grito que te pede
socorro e zelo;
uma história sem fadas,
e teu nome escrito em minha boca
como um beijo.
Dou-te o que me falta e o que me sobra,
o que me organiza e desordena,
a minha primeira alegria e a derradeira.
Dou-te, por fim, o meu momento
e tudo o que restar da minha vida inteira.
Aíla Sampaio
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